domingo, 8 de agosto de 2010

Alimentação fora do domicílio e obesidade

A obesidade tem aumentado por tudo o mundo, assim como o expediente de trabalho e sua concorrência. Sendo assim, é cada vez mais comum, realizar as refeições fora do domicílio. Diante deste fato, a população corre alguns riscos, como a qualidade dos alimentos a serem ingeridos, tanto de sua qualidade higiênico sanitária, como o modo de preparo e escolha dos alimentos, os quais, grande parte das vezes são baseados em alimentos ricos em gorduras e açúcar, colaborando para o aumento da obesidade e seus fatores de risco associados.
De acordo com esta problemática, foi realizado um estudo recente, o qual analisou as características da alimentação fora do domicílio e características associadas. De acordo com os resultados, A frequência de consumo de alimentos fora do domicílio foi de 35%, sendo maior na região Sudeste (38,8%), entre os indivíduos de 20 a 40 anos (42%), do sexo masculino (39%), com maior nível de renda (52%) e maior escolaridade (61%). Os alimentos mais frequentemente consumidos fora do domicílio foram: refrigerantes (12%), refeições (11,5%), doces (9,5%), salgados fritos e assados (9,2%) e fast foods (7,2%).
Outro estudo analisou os fatores de risco associados á obesidade e sobrepeso em crianças em idade escolar, as quais, de acordo com os resultados, representaram 38,2% da amostra. Em relação à alimentação, Os fatores de risco associados relevantes foram o consumo de refrigerantes, alimento que ainda pode ser encontrado em muitas cantinas escolares, além de fazer parte de diversas refeições ao longo do dia.
De acordo com os estudos, a alimentação realizada de forma inadequada e suas consequências, possuem início na infância, confirmando a tendência mundial de mudança no perfil nutricional da população em geral, atingindo altas porcentagens de sobrepeso e obesidade. Uma vez que o consumo de alimentos fora do domicílio é frequente em todas as regiões do Brasil e do mundo, as políticas públicas devem incorporar essa dimensão ao propor estratégias de alimentação saudável, proporcionando melhorias na alimentação realizada fora do domicílio e incentivando os hábitos alimentares saudáveis.


FONTE:
BEZERRA, Ilana Nogueira and SICHIERI, Rosely. Características e gastos com alimentação fora do domicílio no Brasil. Rev. Saúde Pública. 2010, vol.44, n.2, pp. 221-229.
Disponível em: http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=1347

terça-feira, 29 de junho de 2010

Alimentação Saudável

"De acordo com os princípios de uma alimentação saudável, todos os grupos de alimentos devem compor a dieta diária. A alimentação saudável deve fornecer água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, os quais são insubstituíveis e indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. A diversidade dietética que fundamenta o conceito de alimentação saudável pressupõe que nenhum alimento específico ou grupo deles isoladamente, é suficiente para fornecer todos os nutrientes necessários a uma boa nutrição e conseqüente manutenção da saúde.
A ciência comprova aquilo que ao longo do tempo a sabedoria popular e alguns estudiosos, há séculos, apregoavam: a alimentação saudável é a base para a saúde. A natureza e a qualidade daquilo que se come e se bebe é de importância fundamental para a saúde e para as possibilidades de se desfrutar todas as fases da vida de forma produtiva e ativa, longa e saudável."


Fonte: Guia alimentar para a população brasileira : promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.